As cerca de 900 Santas Casas de Misericórdia espalhadas pelo país são fortalezas para o SUS, responsáveis por 40% das internações de média complexidade e 61% das internações de alta complexidade do sistema de saúde brasileiro. Algumas quadricentenárias, são pioneiras no ensino da prática médica, e berços de renomadas instituições de ensino superior, como as Faculdades de Medicina da USP e da Unifesp, em São Paulo, da UFMG e PUC Minas, em Belo Horizonte.
Diante dos mercados em que estão inseridas – saúde e educação –, assim como outras entidades filantrópicas, as Santas Casas defendem-se de críticas quanto à isenção fiscal, uma premissa que “ficou no passado”, afirma Custódio Pereira, presidente do Fórum Nacional das Instituições Filantrópicas.
“Na área da saúde, por exemplo, para cada R$ 1,00 investido, o setor da filantropia retorna R$ 11,35. Se fosse um investimento, quem não o faria?”
No ensino, as Santas Casas chancelam a qualidade de cursos de graduação, tecnólogos, especializações, técnicos, cursos livres e pesquisa. Seus hospitais são um vasto campo de conhecimento e prática para os profissionais em formação, de faculdades vinculadas a elas ou não. Suas faculdades, umas mais antigas, outras recentes, se valem da tradição e de uma visão humanista da prática das profissões da área médica, dois grandes diferenciais num mercado em que o ensino da técnica tem prevalência.
A tecnologia está presente na formação, que conta com as realidades imersivas, manequins, simulações realísticas e robôs. Entretanto, outro diferencial, possivelmente o mais importante – e que vale para todos os cursos da área médica, não apenas medicina –, é poder oferecer a vivência do funcionamento de um hospital e ter pacientes de verdade para cuidar.
Confira a reportagem completa no site da Revista Ensino Superior