No último dia 25 de julho, em São Paulo, representantes de instituições cristãs do setor filantrópico de saúde brasileiro, assinaram uma carta aberta aos candidatos à cargos executivos em 2022, governadores e presidenciáveis. O documento é um alerta sobre as dificuldades que os hospitais filantrópicos enfrentam para se manterem abertos, em razão do desequilíbrio financeiro com os contratos com o Sistema único de Saúde (SUS).
Além do FONIF, assinam a carta a Associação Brasileira das Instituições Católicas de Saúde, Associação e Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus, Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB), Fazenda da Esperança, Fehosp (Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo), Fundação Pio XII (Hospital do Amor), Hospital Frei Galvão, Obras Sociais Irmã Dulce, GACC – Grupo de Assistência à Criança com Câncer, Santa Marcelina Saúde, Sociedade Beneficente São Camilo e SINDHOSFIL (Sindicato das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Estado de São Paulo).
De acordo com a Fehosp, a população brasileira conta com mais de 214 milhões de pessoas, das quais mais de 76% dependem exclusivamente do SUS, sistema prestes a completar 33 anos e que está com sua tabela (lista de valores pagos pelo governo por procedimento) desajustada há duas décadas. Atualmente, a defasagem é de seis vezes abaixo do valor de mercado. Assim, o atual modelo de financiamento culminou com o déficit médio entre o custo na assistência SUS e a receita proveniente desses atendimentos, superior a 65%, conforme observação da CMB.