Na quinta-feira, 18 de agosto, o Fórum Nacional das Instituições Filantrópicas (FONIF) recebeu convidados no Teatro do CIEE, em São Paulo, para apresentar os resultados da terceira edição da pesquisa “A Contrapartida do Setor Filantrópico no Brasil”. O estudo, uma iniciativa pelo FONIF, conduzido pela DOM Strategy Partners e auditado pela AUDISA, apresenta os aspectos quantitativos e qualitativos da atuação das instituições filantrópicas no Brasil, tendo como base de dados os números oficiais da Receita Federal e dos Ministérios da Cidadania, Saúde e Educação.
Participaram do encontro o Irmão Vanderlei Siqueira, presidente do Grupo Marista; Vânia Rodrigues Bezerra, diretora de Compromisso Social do Hospital Sírio Libanês e Marcia de Carvalho Rocha, superintendente da APAE Rio de Janeiro. A mediação foi feita pelo Padre Antonio Tabosa, vice-presidente do FONIF. Na abertura, Humberto Casagrande, Superintendente do CIEE, ressaltou a importância de receber as entidades irmãs em um evento tão importante para o setor filantrópico e para a sociedade civil. “Só vamos conseguir vencer os desafios se continuarmos demonstrando essa força e união do setor”, destacou.
Em seguida, Custódio Pereira, presidente do FONIF, fez uma breve retrospectiva sobre o histórico da pesquisa, reforçando que a coleta e sistematização dos dados sobre o impacto dos serviços do setor “representa um avanço para a filantropia”.
A condução do evento ficou por conta do Pe. Antonio Tabosa, vice-presidente do FONIF, que em sua fala, destacou ainda o compromisso do Fórum em disponibilizar a pesquisa em Power BI, para que todos possam acessar os dados do estudo de forma simples, personalizada e organizada.
Pedro Mello, consultor da DOM Strategy Partners, empresa que conduziu a pesquisa, reforçou o impacto positivo do setor filantrópico durante a apresentação detalhada da pesquisa. Em 2020, coube às 27.384 instituições filantrópicas detentoras da Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência Social (CEBAS) a tarefa de realizar 230 milhões de procedimentos hospitalares e ambulatoriais; conceder 778 bolsas de estudo na Educação Básica e no Ensino Superior e disponibilizar mais de 625 mil vagas para pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Além disso, considerando as informações apresentadas para cada uma das áreas de atuação da filantropia – Saúde, Educação e Assistência Social – a contrapartida tangível e intangível das instituições filantrópicas certificadas pelo CEBAS, o valor retornado à sociedade é de aproximadamente R$ 139 bilhões, ou seja, 9,79 vezes maior que o valor de R$ 14 bilhões da imunidade tributária recebida naquele ano. O estudo completo pode ser acessado neste link.
Marcia de Carvalho Rocha, Superintendente da APAE Rio de Janeiro, contextualizou como as entidades de assistência social precisaram se ajustar às regulamentações após a Constituição de 1988, mas sempre mantendo firme o propósito de “ir ao encontro do outro e fazer a diferença na vida do outro”.
Irmão Vanderlei Siqueira, Presidente do Grupo Marista, contou um pouco sobre o trabalho educativo e social das escolas sociais dos Maristas. O acesso a uma educação de excelência proporciona aos jovens a chance de chegar à universidade, ascender socialmente e economicamente e mudar a realidade de suas famílias.
Vania Bezerra, Diretora de Compromisso Social do Hospital Sírio Libanês, falou sobre o desafio das instituições filantrópicas em trabalhar com amor e inteligência, e fazer conexões improváveis para dar conta de mudar a realidade de um país tão desigual.
O evento contou ainda com perguntas da plateia e público que acompanhou o evento pelo canal do Youtube do FONIF.