O Dia Nacional da Filantropia, comemorado em 20 de outubro, foi criado para evidenciar a atuação das mais de 11 mil organizações filantrópicas brasileiras. A data, que foi resultado da mobilização do Fonif, visa promover a valorização e gerar esclarecimentos sobre este setor vital para o Brasil.

Neste ano, foi realizado um evento online para celebrar o Dia Nacional da Filantropia. A transmissão contou com a abertura do presidente do Fonif, Custódio Pereira, que abordou a importância da data e da causa filantrópica. “Na nossa luta diária pelos direitos das entidades filantrópicas brasileiras, constatamos como ainda é grande a falta de entendimento em relação ao nosso setor. Os números por si só demonstram a nossa importância e, no entanto, vemos que há uma grande desvalorização da filantropia no Brasil. Com a comemoração desta data, podemos combater esse desconhecimento e contribuir para fortalecer o setor, favorecendo a sociedade por consequência”, destacou.

Em seguida, o senador Eduardo Gomes (MDB/TO), defendeu a criação de um marco regulatório eficiente que dê segurança a todos aqueles que dedicam a sua vida à filantropia e em ajudar o próximo. Já o deputado federal Eduardo Barbosa (PSDB/MG), que participou da preposição legislativa para o Dia Nacional da Filantropia, chamou a atenção sobre a importância e a capilaridade das entidades filantrópicas para a população, principalmente de baixa renda ou vulnerável. “Nosso trabalho tem rostos, mãos calejadas, obras, resultados e atendimentos. Tudo isso tem que ser cada vez mais visto por todos, desde ao Presidente da República até o cidadão comum” declarou Eduardo.

O deputado federal Antônio Brito (PSD/BA), autor do projeto de lei do Dia Nacional da Filantropia, encerrou a fala dos parlamentares parabenizando os esforços do Fonif em unir as entidades, mas alertou que ainda existem muitos desafios pela frente para manter os serviços da educação, assistência social e saúde para a população que mais precisa.

Webinar debate o impacto das filantrópicas no país

Em seguida, aconteceu o primeiro webinar do dia, com o tema “O papel da filantropia no desenvolvimento social e redução das desigualdades no Brasil”, mediado pelo Padre Antônio Tabosa, vice-presidente do FONIF, Superior do Núcleo Apostólico dos Jesuítas de Brasília/DF e Diretor Presidente da Fundação Fé e Alegria.

Dr. Paulo Fossati, presidente da ANEC (Associação Nacional de Educação Católica do Brasil), destacou o alcance do trabalho das escolas católicas filantrópicas, que oferecem em torno de 300 mil bolsas de estudo. “Ao oferecer uma educação integral, ética e repleta de valores, contribuímos também com a sustentabilidade social do país”, completou.

Joer Batista, Gerente de Responsabilidade Social e Filantropia do Instituto Presbiteriano Mackenzie, também reforçou o papel da instituição filantrópica na transformação social de seus alunos. “Não somos instituições acessórias, prestamos um serviço protagonista. Somos entidades que executam um papel fundamental no ensino que oferecemos, para alavancar as gerações”.

Mirocles Campos Véras Neto, presidente da CMB (Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas), evidenciou a importância das instituições de saúde, que que representam mais de 50% dos atendimentos em média e alta complexidade do Sistema Único de Saúde. “Hoje é dia de comemorar, mas queremos que nossas instituições sobrevivam mais 500 anos, para isso que aproveitar todo momento para cobrar respeito e dignidade às nossas instituições. O problema do Covid-19 ainda está entre nós, e precisamos discutir como vai ser o próximo ano, com diversas demandas”, alertou.

Vânia Bezerra, superintendente de responsabilidade social do Hospital Sírio-Libanês, contou sobre o trabalho da instituição dentro do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), uma forma alternativa para determinados hospitais fazerem jus à Certificação de Entidade Beneficente de Assistência Social em Saúde (CEBAS) por meio da transferência de sua expertise pela realização de projetos de educação, pesquisa, avaliação de tecnologias, gestão e assistência especializada voltados ao fortalecimento e à qualificação do SUS em todo o Brasil. “O que seria do Sistema Público de Saúde sem as filantrópicas? Somos instituições de muita consistência, que persistem e resistem para manter um SUS universal e integral para a sociedade brasileira”.

Dr. Antônio Roberto Silva Pasin, presidente da Febraeda (Federação Brasileira de Associações Socioeducacionais de Adolescentes), falou sobre a adaptação das instituições de assistência social ao continuar prestando atendimento para as famílias durante a pandemia pelo novo coronavírus, e que as dificuldades impostas aumentam ainda mais a preocupação sobre como continuar oferecendo serviços tão essenciais no próximo ano.

Por fim, Dr. Humberto Casagrande, CEO do CIEE (Centro de Integração Empresa Escola) chamou a atenção para o fato de que, de acordo com pesquisa recente feita pelo próprio CIEE, 17 milhões de jovens seguem procurando emprego, a crise coloca essa geração em uma situação desalentadora. “Notamos que 28% dos jovens não pretendem voltar aos estudos depois da pandemia, portanto este é o momento em que precisamos ajuda-los ainda mais, criar mais vagas de emprego e outros programas para criar esperança e transformar vidas”, destacou.

 

Filantropia e voluntariado

Na parte da tarde, o jornalista Emílio Sant’anna conduziu o webinar “Pessoas que transformam o mundo pela filantropia”. A professora Patrícia Razza, diretora da Fundação Antônio Antonieta Cintra Gordinho contou sobre a história inspiradora da instituição, que atende 1.200 alunos da creche ao terceiro ano do ensino médio e é mantida com recursos próprios deixados por seus fundadores – Antonio e Antonieta – e administrados pela fundação. “

O bate-papo também contou com a presença de Giovana Bertoldo Viveiros, ex-aluna da Fundação Antônio Antonieta e atualmente bolsista da PUC-Campinas. “Só cheguei onde estou hoje graças à formação que recebi nesses 15 anos de Fundação. Quando meus pais conseguiram me colocar lá, foi um alívio, sabiam que eu estava em um lugar seguro e preocupado com a minha educação”.

Roberto Ravagnani, jornalista, palestrante especializado em voluntariado, contribuiu com a conversa ao destacar que toda organização social nasceu de um trabalho voluntário, e ao buscar a profissionalização tão necessária ao terceiro setor, é fundamental manter a essência filantrópica.

Dr. Custódio Pereira, presidente do Fonif, participou do webinar e respondeu as perguntas do público relacionadas à imunidade tributária recebida pelas instituições filantrópicas e as contrapartidas que cada área – educação, saúde e assistência social – precisam retornar à sociedade brasileira.

 

Confira o evento nos link abaixo:

 

 

 

 

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