Julia Povoas, diretora de Relações Institucionais da Santa Casa de SP, teve a oportunidade de participar da AHP International Conference 2023, um grande evento global para os profissionais de captação de recursos e filantropia em saúde. A conferência aconteceu entre os dias 20 e 22 de setembro de 2023 na cidade de Orlando, nos Estados Unidos.
O evento reuniu centenas de participantes de diversas instituições, desde grandes redes de saúde até pequenos hospitais, que puderam assistir a mais de 35 sessões sobre temas relevantes para o setor relacionados à captação de recursos, campanhas, inovação e liderança. Além disso, o evento ofereceu oportunidades de networking, troca de experiências e reconhecimento de boas práticas.
A AHP (Association For Healthcare Philanthropy) é uma organização internacional dedicada exclusivamente ao desenvolvimento dos profissionais que incentivam a filantropia nos sistemas de saúde da América do Norte, e ao redor do mundo. Em abril deste ano, o FONIF (Fórum Nacional das Instituições Filantrópicas) e a FEHOSP (Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo) oficializaram uma parceria inédita com a AHP, que visa estreitar os laços entre o setor filantrópico brasileiro e o mundo, promovendo o intercâmbio de conhecimento e boas práticas para o setor de hospitais filantrópicos.
O FONIF conversou com a Julia, que compartilhou conosco um pouco dos aprendizados durante a conferência. Confira a entrevista completa!
Como você descreveria sua experiência na AHP International Conference?
Julia: Participar da conferência foi uma experiência incrivelmente enriquecedora. Foi uma oportunidade única de mergulhar em um ambiente dedicado às necessidades dos profissionais de captação de recursos e filantropia em saúde. A conferência, realizada em Orlando, reuniu um grande número de profissionais do setor, proporcionando uma ampla variedade de temas e oportunidades de aprendizado.
Quais foram os principais tópicos que chamaram sua atenção durante a conferência?
Julia: Durante os três dias do Congresso, tive a chance de explorar uma diversidade de tópicos relacionados à captação de recursos para instituições filantrópicas de saúde. Um destaque foi a variedade de painéis disponíveis, que atendiam a diferentes níveis de participação, desde iniciantes até executivos. Isso permitiu que eu escolhesse as sessões que mais se adequavam aos nossos objetivos na Santa Casa.
Você poderia compartilhar algo que aprendeu de novo ou que achou particularmente interessante durante a conferência?
Julia: Uma das descobertas mais interessantes foi a forma como as instituições de saúde estruturam suas campanhas de captação de recursos. Vi exemplos de campanhas que envolvem toda a comunidade de maneira altamente organizada, incluindo colaboradores e a sociedade em geral. Além disso, houve um foco significativo em doações digitais, tecnologia e estratégias de retenção de doadores.
Como você acha que as experiências e aprendizados da conferência podem ser aplicados na Santa Casa de São Paulo?
Julia: Os insights obtidos na conferência são inestimáveis para aprimorar nossos esforços de captação de recursos na Santa Casa. Aprendi muito sobre estratégias de retenção de doadores, uso de tecnologia e envolvimento da comunidade. Também me inspirou a enfocar parcerias institucionais e o envolvimento de todas as diretorias na captação de recursos. Estamos agora planejando investir mais na área de captação de recursos e na utilização de tecnologias para otimizar nossos processos.
Você mencionou a gamificação da filantropia. Poderia compartilhar mais sobre essa experiência?
Julia: A sessão sobre gamificação da filantropia foi fantástica. Discutiu como os jogos podem ser usados para envolver doadores e aumentar a participação. Essa abordagem inovadora pode ser explorada na Santa Casa para tornar nossas campanhas mais envolventes e interativas.
Qual foi o papel das parcerias institucionais e do networking na conferência?
Julia: Parcerias institucionais e networking foram fundamentais na conferência. Elas destacaram a importância do envolvimento de todas as diretorias do hospital, bem como de empresas e da sociedade em nossos esforços de captação de recursos. Essa colaboração estratégica é inspiradora e nos motivou a investir mais nessa área.
Como a inteligência artificial foi discutida na conferência e como você vê seu potencial na filantropia em saúde?
Julia: Foram explorados desde os fundamentos básicos até casos de hospitais que estão utilizando a IA para resolver problemas específicos de captação de recursos. Essa tecnologia tem um potencial significativo para melhorar nossa eficiência na produção de conteúdo, no relacionamento com doadores e na otimização de nossas estratégias.
Qual é a mensagem final que você gostaria de compartilhar com sua experiência na conferência?
Julia: A conferência foi uma oportunidade incrível de aprendizado e inspiração. Fiquei impressionada com a variedade de tópicos abordados e a riqueza de conhecimento compartilhado pelos profissionais de filantropia em saúde. Essa experiência está moldando nosso futuro na Santa Casa de São Paulo, à medida que buscamos aprimorar nossos esforços de captação de recursos e adotar tecnologias inovadoras para beneficiar nossa comunidade.